Caixas da história
Descobrir. Abrir. Redefinir. Amo caixas e os mistérios envolvidos em seu interior. Talvez essa paixão venha da infância. Lembro da sensação da chegada da cesta de Natal Amaral, era de vime e com muita coisa lá dentro. Confesso que até hoje não gosto da maioria dos produtos, mas lembro de bonequinho feiinho que as crianças queriam ter. Na escola o desejo era o estojo para guardar lápis de cor, borracha e apontador. Me vem na recordação um de madeira com a tampa colorida. Sonho de consumo de uma criança de sete anos. O cofrinho era pesado e precisava quebrar para encontrar o patrimônio guardado e acumulado. Na adolescência, o diário, recortes e recadinhos eram armazenados em um baú. O papel de bala que veio do menino bonito da escola, também fazia parte desse tesouro. E a vida segue. As papelarias passam a vender caixas coloridas, decoradas, com brilho, com divisões, embalagens de papel cartão que são verdadeiras obras de arte. O fascínio continua. A vida adulta r...