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Mostrando postagens de janeiro, 2019

Cilada

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Em um momento de inquietação, do desejo de subverter e de interferir. Da urgência em se posicionar e de ler o que não está escrito, nasce a resistência. É necessário modificar o enredo rocambolesco, que grita em aventuras e transforma o bandido em um semideus. Hoje o desejo é clamar por mim, pelo outro, pelo oprimido. Sofro com a humilhação, com a dor do medo que se avizinha na esquina. O perigo está em cada canto, escondido em ira. O pesadelo torna-se lamento. As mãos atadas não compactuam do gesto banal, que os infelizes utilizam na certeza da impunidade.   Os insultos são normais, não há mais o cuidado e o zelo. Embalados em sonhos, de farsa e trapaça, homens jogam, dividem e humilham.   O véu da fraude se apropria de rostos e de esperanças. O conceito de empatia se perde e não é mais preciso compreender e vivenciar sentimentos do outro. E na emoção de mais um dia, surge a canção de João Gilberto: " O pato, vinha cantando alegremen...