Não sei viver o jogo do contente
Todos os dias encontro a realidade de mãos dadas com a mínima expectativa. Um despertar de poucas novidades se desenrola durante as horas seguintes. O caminho, por vezes longo, atravessa detalhes. A senhora TV faz companhia e a as vozes preenchem o ambiente. O som é apenas para quebrar o silêncio do apartamento, ora enorme, ora pequeno. E surgem estudiosos explicando, com profundidade como será o novo normal. Animadamente orientam sobre o que fazer após a pandemia. Com um entusiasmo irritante pregam dias melhores. Seria agora o momento de planejarmos esse futuro com muitos abraços, festas, volta ao trabalho presencial e sonhar livremente com viagens e esperar alegremente pelo próximo carnaval. E nesse momento tive certeza que Eleanor H. Porter jamais se inspiraria em mim para escrever o livro Poliana. Não consigo ser otimista e pensar que sairemos melhor após a loucura da pandemia e do isolamento. A proposta do jogo do c...