Postagens

Fim do pesadelo

Imagem
  E no primeiro dia do ano as lágrimas de esperança se misturam com o sorriso de alegria. Coração dispara e em uma tela imaginária passam os mortos pela covid, a dor da fome, o desrespeito pelas minorias,   o grande preconceito contra os negros, os povos originários e a comunidade LGBTQIAP+. Mulheres desvalorizadas convivendo com a violência, crianças com fome e pessoas armadas vociferando ódio aos irmãos. A defesa da incerteza tentando justificar palpites. Adversários recebendo o título de inimigos e as pessoas sendo dividas por cores. Ideologias que deveriam estar enterradas voltaram com força para as conversas de botequim. Uma nova história será contada. Uma população amada sem armas. Na rampa a representação de cada um de nós. De mãos dadas todos se unem para reconstruir.   Não será fácil, mas acredito e confio. Volta o Estado Laico. Fim do pesadelo. O choro é uma catarse. VIVA A DEMOCRACIA.

Teoria do achismo

Imagem
       Existem expressões que definem uma situação e a imagem é cirúrgica. "Engenheiro de obra pronta" é uma delas.      Com que direito  as pessoas julgam, decidem  e encontram soluções perfeitas para algo que nunca viveram? A teoria do achismo se faz presente.       Surgem definições rasas, Pensadores de  botequim que acreditam que estão descobrindo vida em Marte.       E como gostam de aconselhar! Generalizar o individual tal qual a fórmula  de  um alquimista em sua panaceia.     E são doutores da ignorância.  Adoram  citar frases do único livro que leram, quase sempre do autor indicado pelo influencer que desconhece o conteúdo e leu a resenha. São essas criaturas superiores que acreditam que direito é privilégio.  Não compreendem que o coletivo é essência e a democracia precisa ser vivenciada.  Não consideram que combater o racismo e a homofobia é ter empatia. Ignoram que saúde pública é para todos.  Não entendem que um Estado laico não diminui em nada a sua fé ou seu at

Nise da Silveira, presente

Imagem
 "Não é possível avaliar a envergadura dos feitos da médica Nise Magalhães da Silveira e o impacto destes no desenvolvimento da Nação, a despeito de sua contribuição para a área da terapia ocupacional", disse o presidente da República sobre a inclusão do nome da profissional no livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. Qual a surpresa? Por que ficar indignada com tal decisão?  O desconhecimento histórico e de valores fundamentais para o cidadão é a realidade desse ser. O que esperar de alguém que vive em um mundo próprio, adorador de armas  e torturadores, propagador de preconceitos e que desconhece a empatia e a ética? Muitos o chamam de psicopata. Não concordo, prefiro apenas o adjetivo mau. Essa negativa só faz aumentar a vontade de destacar pessoas e obras que mudaram destinos e defenderam a vida, a dignidade e a cidadania.  Não é apenas falar sobre a mulher nordestina que mudou o tratamento dos doentes mentais no Brasil. É dar voz para quem lutou contra os instrumentos de t

Cansei. Não encontro inocentes.

Imagem
Frases feitas de motivação, discurso de paraíso na terra e "deixar o coração falar" são ponderações que irritam profundamente. Convivemos com  travestidos de seres angelicais que não querem ser cancelados. Parece que vivemos em um mundo perfeito e as relações são todas  baseadas na delicadeza, no bom senso e na fraternidade.  Até a disputa do BBB, programa de entretenimento,  quer adocicar personalidades e egos, não importando o prêmio de um milhão e meio de reais. E para prosperar trombamos diariamente com instrutores (coach) que vão nos fazer evoluir. E treinamos sorrisos, olhares e o futuro  de uma beleza clássica.  O gingado da capoeira é abandonado em troca de passos ensaiados para o estrelado. Não há fome. Não há violência. Não há preconceito. Moise, um homem congolês foi espancado até a morte no Rio de Janeiro. Essa pandemia nos deixou cegos. O mundo ditando mudança, esfregando na nossa cara o possível fim e ainda temos o desplante e o atrevimento de sermos soberbos.

Noite da virada

Imagem
Euforia . Grito preso na garganta. A desconfiança de um novo ano chega amarrada na esperança. Pandemia . Reprimidos em afetos, os braços pedem abraços entrelaçados. A sala em penumbra recebe a lembrança da luz do olhar que não ofusca, e sim ilumina. A contagem das horas embala pedaços de sonhos, vedados por uma circunstância, O agradecimento se faz necessário ao constatar que amigos são  festa, mesmo distante fisicamente. O ano vira a cada instante na reportagem da tv. Fogos e música aconchegam sentimentos e por segundos se vive essa emoção. 20h30 panelas vazias ecoam por toda avenida e um brado de desespero é ouvido: FORA. Uma volta para a triste realidade de mais desmandos e desprezo pela dor alheia ainda estão presentes. E num segundo o calendário marca a mudança. Um brinde solitário se junta a tantos outros que teimam e resistir. foto: Te Cris Tesser
Imagem
Um corte de papel no dedo dói Um fio de sangue difícil esquecer. Buscando a cura ...ecoa a poesia

Segredos

Imagem
  O que difere a dor contida em quartos de segredos  da esperança do encontro em tempos de afastamento?   Biografias incompletas dão um tom de fantasia emoções trancafiadas sugerem um retiro obrigatório.   O dilema de abrir as janelas para um novo dia parece  escancarar a vida e a morte.   A incerteza e o talvez brincam com a realidade.  O uso da razão  habitual torna a falta de equilíbrio um motivo para a covardia.   E segue a ironia em uma noite de clausura .