Nise da Silveira, presente

 "Não é possível avaliar a envergadura dos feitos da médica Nise Magalhães da Silveira e o impacto destes no desenvolvimento da Nação, a despeito de sua contribuição para a área da terapia ocupacional", disse o presidente da República sobre a inclusão do nome da profissional no livro dos Heróis e Heroínas da Pátria.

Qual a surpresa? Por que ficar indignada com tal decisão? 

O desconhecimento histórico e de valores fundamentais para o cidadão é a realidade desse ser. O que esperar de alguém que vive em um mundo próprio, adorador de armas  e torturadores, propagador de preconceitos e que desconhece a empatia e a ética?

Muitos o chamam de psicopata. Não concordo, prefiro apenas o adjetivo mau.

Essa negativa só faz aumentar a vontade de destacar pessoas e obras que mudaram destinos e defenderam a vida, a dignidade e a cidadania. 

Não é apenas falar sobre a mulher nordestina que mudou o tratamento dos doentes mentais no Brasil. É dar voz para quem lutou contra os instrumentos de tortura usados nos manicômios. É ver o povo feliz nas ruas. Enaltecer quem usou a arte para que seus pacientes criassem vínculos com a realidade. É lembrar que sua contribuição à psiquiatria, revolucionou o tratamento mental no Brasil. 

O trabalho de Nise é uma marca de contribuição única para a saúde mental. Esse descaso de honraria não anulará todo seu trabalho, sua pesquisa e sua verdade.