Existência
Escrevo para não morrer... Não morrer minha sanidade, minha vontade, minha (às vezes) pouca coragem. Escrevo para dizer o que está preso no peito e vai explodir. Escrevo para não pirar, não desanimar e me encorajar. Me (re)vejo em cada rabisco. Me percebo no singelo, no encontro do acaso. Na linha fina que separa o sagrado e o profano. No sol que arde na alma, na enxurrada e no chuvisco. Me atrevo em pensar na alegria. Me enfrento em lutas perdidas, em libertação do ser incontido. Me contesto em acreditar no simples. Sublimar o desejo e desabafar na poesia. Me preservo em rascunhos amassados. Me defendo do desespero, me agarro ao que é verdadeiro e deixo o tempo passar. Me protejo do complexo e o acato o simples. E resisto no limite do não e da falta do sim. Eu escrevo Eu (re)vejo Eu me atrevo Eu me defendo... Para sobreviver * Dedicado...