E aí, Lacan?
Tentei fazer um inventário de fatos e emoções.
Uma descrição detalhada de todos os meus passos. Um olhar sobre o significante
e o significado. Racionalizar desejos, sonhos e perdas. Qual o conceito embutido
em cada palavra?
Lembrei-me da professora de franjinha,
que na década de 90, dava aula na ECA e falava sobre Jacques Lacan. E o livro adotado “O que quer uma mulher” de
Serge Andre.
Foi um semestre de discussão, com a seguinte temática “feminilidade instituída, feminilidade instituinte” que me permitiu perder, por vezes, o juízo. E em outras ocasiões era piada pronta. Confesso que foi um dos cursos mais desafiadores que fiz, mas fica para outra ocasião discutir tais teorias. Porque os devaneios serão piores e a angústia de querer dizer, será maior.
Foi um semestre de discussão, com a seguinte temática “feminilidade instituída, feminilidade instituinte” que me permitiu perder, por vezes, o juízo. E em outras ocasiões era piada pronta. Confesso que foi um dos cursos mais desafiadores que fiz, mas fica para outra ocasião discutir tais teorias. Porque os devaneios serão piores e a angústia de querer dizer, será maior.
Quero conhecer, buscar e saber. Os
detalhes são importantes. Tudo tem um motivo. Talvez seja uma deformação da
profissão. Ou quem sabe uma obsessão de querer entender, de crescer e encontrar
o paraíso.
“Você
pode saber o que disse, mas nunca o que outro escutou”. Pronto, voltou Lacan
com força. Essa é para pirar. Claro, tenho certeza do que falei, mas ao mesmo
tempo fica sempre o medo de que não tenha dito o que de fato falei. E será que
ele ouviu com a mesma ansiedade de minha coragem, por vezes ausente?
Penso e repenso. Foi uma troca? Um
desabafo? Acredito que foi uma entrega. O meu eu frágil teve força em
compartilhar. Não em um simples toque no facebook, um compartilhar de olhar, de
fragilidade, de uma firmeza que enfrenta a rejeição.
Encontrei a resposta, dentro de mim. Posso
seguir em frente.
Me fisgou, amei!
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