Acarinhar
Nas tramas esculpidas com cinzel, que corta a alma, poucas são as vezes que a alegria supera a dor.
Não temos tempo para pequenos grandes gestos que podem transmutar situações cotidianas.
Acostumados
com a rotina da desesperança entramos
em um mundo automático e vivemos a pressa na chegada.
No verbo transitivo direto,
acarinhar aparece com força. O momento
de mimar, afagar carinhosamente alguém especial, faz a alma ser fotografada em sua plenitude. Dando ao céu
nuances de um azul nunca antes visto, que na correria diária não se percebe o
contraste sutil.
Mas de nada adianta o desejo se
não houver acolhimento. É necessário estar atento para entender os olhos que
cativam a cada encontro.
Para um carinho não há sacrifício ou cansaço. O
momento é agora. Tudo pode mudar repentinamente e o improviso da vida se
faz notar. A caminhada será melhor com a entrega.
Como é bom se render a um abraço.
Sentir que a distância se perde num dengo, uma oferta suave que escancara a
lealdade da dedicação. Um brinde ao sagrado que partilha confiança de um laço
amigo, que nasceu para ser eterno.
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