Cativeiro

Porta fechada.
Proteção demasiada.



A vida está, nesse minuto, tentando separar e unir. A certeza do nada impede a decisão.  Fazer a mala e correr nessa aventura ou mais uma vez ponderar?

Racionalizar o amor é uma atitude de quem quer o controle ou tem medo da entrega? Dúvidas... Brincar com o acaso calculado e ao virar a esquina o pensamento torna-se  concreto.

Quem pode aprisionar o desejo da troca e das mãos unidas? Como escapar da esperança, que teima em ser companheira, nesse mundo de tantos nãos. 

"Só os que perderam a cabeça sabem raciocinar" lembra Oscar Wilde.  Questiono. A cautela, por vezes, aprisiona momentos e sonhos. A prudência, tão decantada, fica presa aos tolos preconceitos.  

A responsabilidade torna-se fundamental ao cumprir um papel estipulado e permanecer acreditando que a luta é diária. A coragem brinca com a covardia dos sonhos escondidos. E não é absurdo pensar que a libertação está no próximo passo.

A flor, mesmo em um pequeno espaço, teima em se abrir e se mostrar. Nada pode aprisionar o amor que está estampado no olhar e no sorriso.

Uma provocação se faz necessária. O tempo passou e não há mais a expectativa da espera. É luta, mas não é guerra. A alforria é conquista de uma liberdade vivenciada. E num tom de ousadia assumo o risco de não me calar.  



Comentários

  1. "A coragem brinca com a covardia dos sonhos escondidos." Tão poético, tão verdadeiro.
    Abs

    ResponderExcluir
  2. "A flor mesmo em oequeno espaço teima em se mostrar " adorei essa foto, pois é sei ato sublime de dever vida a vida, se não florescer ou frutificar jamais será semente.

    ResponderExcluir
  3. Como sempre um texto profundo e reflexivo, além de muito bonito 👏👏👏

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Compartilhar/ Curtir

RENATA AGONDI

Sérgio Cabral, o pai