Simples descarte

Não havia percebido a sombra no sorriso amigo, a nuvem nas atitudes e palavras. A conduta embalava a inveja e os tropeços não deixavam o caminho fluir.

Talvez seja o enfrentamento de astros acreditando que o eclipse seja um fenômeno natural na  pretensa amizade.

E tal qual uma cena teatral,  o parecer ser é mais forte do que existir. A troca torna-se simples nesse absurdo jogo do poder.

Não dá para viver sempre preparada para a próxima armadilha. Imaginar inimigos pairando numa ameaça tênue, com delicadas tramas em uma versão da verdade.

Quero a força e não a forca. O algoz prepara o golpe fatal e usa de uma gentileza travestida de carinho.

A frase "deixa comigo, eu resolvo" está encoberta por uma sutil  sentença de morte, O que fazer? Aceitar como passividade o desafio, culpando o destino? Ou assumir a Síndrome de Poliana e acreditar na validação subjetiva da aceitação?

Comentários

  1. O que fazer? Não descartei nem os comentários... Li todos, e vou continuar, nesta manhã de sábado, em que um solzinho gostoso entra pela janela e um bem-te-vi insiste em dizer que me viu... ah, me viu, sim, lendo Tecris! Bjos.

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  2. Espere o golpe ou reaja.
    Calcule o que lhe custa mais.
    Nenhum bicho peçonhento, nem um pet sedutor, sobrevive sem alimentar-se. Alimentamos ou somos alimento.
    Quanto acalentaste a vilania que ora te sufoca?
    Na minha crença, sou vencedor, mesmo quando choro o leite derramado.
    Bom descanso

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