Silêncio...
Silêncio...
A madrugada cai.
E mais uma vez a esperança de um novo dia repete, cuidadosamente, o mesmo trajeto, o mesmo desafio.
Silêncio...
Recordo frases de meus poetas e de amores perdidos, vencidos...
Por tempos idos...
Silêncio...
Silêncio...
Uma saudade danada pesa, incomoda e se assusta com os passos pausados e de forma indolente se arrasta para chegar.
Silêncio...
Peço calma, peço paz, peço serenidade.
A alma afoita sangra num doce flagelo e teme o sonho que virá.
A dor é barulhenta e afugenta a utopia da primavera.
Silêncio...
Ouço o vento que grita no desejo de voar. Sugere em uma breve aparição o sopro de vida para renascer o carinho guardado, acumulado...cansado.
Silêncio...
Tudo parece imutável. Busco variáveis que se perdem na realidade. Momentos que teimam em desafiar a lógica de um sonho cultivado em solo adubado por mãos cuidadosas e generosas.
Silêncio...
Uma súplica, uma confissão... um abraço apertado. Um clamor, um pedido de socorro... para enfim adormecer. E, em um delírio...teimar e tentar ser feliz.
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