E...dói
Mais
uma vez a dor se apresenta de cara amarrada, empurrando para a derrota total. A máscara é de alegria. A
sensação de cansaço é permanente, incomoda e quase anula a vontade de reagir. (E
dói!)
Das
rasteiras da vida posso não estar acostumada, porém já me habituei. Mas ,
quando o tombo é real deixa marcas no
corpo, impede movimentos e vem a vergonha.
Dor,
substantivo feminino. Será esse o motivo de tudo ser tão intenso, tão
passional, tão angustiante? E ao mesmo tempo não aceitar a resignação e lutar
por uma mudança, uma melhora, um novo tempo.
Muitos
têm a receita para amenizar a dor, mas só quem a sente pode definir. Gelo é
bom, compressa. E ainda querem que se tenha
calma.
Outros acreditam que água quente ajuda a dissolução dos coágulos
que formaram a mancha roxa. Existe até a indicação de passar azeite. Não
esquecer jamais os benefícios da arnica. A linda flor tem propriedade curativa.
O
hematoma é para ser apreciado. Geralmente surge um roxo escuro, e dói, depois
vai alterando para um verde, passa ao
amarelo e enfim... tonalidade normal. Depois dessa brilhante reflexão, acredito
estar chegando ao delírio total.
A
dor transforma, por vezes transgride. O sofrimento revigora, dizem os
otimistas. A tolerância depende do dia e da intensidade. Não gosto do
espetáculo do suplício, prefiro acreditar que o humor salva.
A
noite a agonia é mais intensa, mas o amanhecer apresenta uma nova vida. E a cor
que será dada para essa mancha vai depender do arco- íris que surgirá, com seu traçado
multicolorido denunciando que a vida é muito mais do que uma simples dor.
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