A tal resiliência
E aí surgem momentos de dor, de
tristeza absoluta. Um calvário interminável. Uma aflição constante, sensação de perda, de fim e nada poderá servir
de consolo.
E vem o cansaço. A impotência. Alguém lembra de resiliência,
que virou palavra "da moda" . Será? Não me conformo facilmente, quero
o real significado do que estou sentindo.
Numa rápida pesquisa a primeira explicação
é que a palavra vem do latim, e dai? É
um (re)inventar, a capacidade de evoluir após momentos de adversidade. É
superação. E aparecem teorias em diversas áreas.
Será que é isso que estou vivendo
após dias e mais dias de padecimento? Penso
que não.
Como negar a lágrima constante e
o choro que explode em cada verso? De
que maneira a dor aguda foi anestesiada? A opressão acabou e num repente passou
a ser nada?
Não estou em processo de euforia.
Minha alma não está quente e nem fria. Morna? Nunca gostei disso. Um tanto faz,
sem regra, sem espera e sem ansiedade. Sem luta, sem resistência, sem o embate.
Não tenho talento para simplesmente
ver a "banda passar" sem entusiasmo.
Eu quero vibrar e participar. Não quero ser coadjuvante da minha própria
vida. Hoje, me vejo como uma figurante
sem falas.
O tempo parou. Nada posso fazer.
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