Viva o rei
Em um primeiro momento vem a lembrança da Ilha da
Fantasia, série de televisão que teve
início em 1978. Um local paradisíaco onde os desejos eram realizados.
E todos acreditam na farsa criada. Anunciada aos berros,
nos cantos sombrios do sussurro. E vestem o figurino da ilusão e atiram em que
chegar. Disfarçados de luz e amor, oprimem e matam todos os que desejam
crescer.
O enredo nesse carnaval envenenado mistura ilusão e praga, falsidade e perigo. O
Rei Momo se faz de bobo para sobreviver. E como aliados surgem os covardes e
canalhas, que tudo fazem pelo poder.
Se é um bando, um grupo ou uma quadrilha... o tempo dirá.
Talvez uma matilha, pronta para atacar.
E em uma tocaia bonita se conquista e se fere.
E tem início o
jogo da sedução. A piada está pronta, mas o público ainda não entendeu. A lei
do retorno se perde diante de fatos tão repetitivos.
Não é pasárgada, porém todos querem ser amigos do rei.
Mas não são. Na verdade encarnam plebeus travestidos de
nobres, vassalos que juram fé e fidelidade ao inimigo que o levará ao mais alto
patamar. Quem disfarça e quem se apresenta?
Há os que sofrem por ainda acreditar. Há os que cansaram
e se entregam aos sonhos absurdos de um mundo igualitário.De uma falsa
fraternidade empoeirada na ilusão juvenil.
Mais um ator em cena, que se julga alguém especial. Cria
guetos para dominar com sua prepotência. E aqueles que acreditaram na mudança,
mais uma vez são traídos na ingenuidade. Ivan Lins grita "não lavei as
mãos e é por isso que me sinto cada vez mais limpo". Não adianta, ninguém
quer ouvir.
Num lamento, é hora de vibrar pelos loucos, pelos
desvalidos e desavisados. Ter cuidado ao
cruzar as ruas e fica só a breve oração: "Que Deus tenha piedade de tua
alma".
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