"Para quê essa ansiedade?"

 

    A pergunta do ministro da Saúde ecoa pelos cantos do País. Absurdada assisto essa declaração de horror e um lamento grita.

    A ansiedade vem da angústia em estarmos sem cuidado, sem parâmetro e sem carinho. As incertezas dos dias perpassam na aflição de nos manipularem.

    Para quê essa ansiedade? Ora senhor, a resposta parece óbvia. Podemos listar mais de 180 mil motivos. 

    Estamos em um desgoverno,  abandonados e escravizados por negacionistas que teimam em propagar o desrespeito à ciência.

    Gostamos de abraço, gostamos de trabalhar, gostamos da partilha e, principalmente, gostamos de gente. Ao que parece "seu patrão" e asseclas não corroboram da mesma delicadeza.

    A inquietação surge a cada notícia da estupidez de quem não tem empatia e desconhece valores sagrados.

    O desassossego embaça os olhos dos que estão desde março sem contato com o mundo exterior. Dos que vivem sozinhos e por dias não ouvem ninguém e nem mesmo a própria voz.

    A guerra política  ensina que o poder está acima de tudo. Envolve um gado insolente que debochadamente acredita em mitos e heróis.

    Outro motivo dessa ansiedade, senhor general, é constatar que a população não terá o mesmo tratamento e cuidado que o senhor teve quando foi contaminado. Saber que sua qualificação não é de um profissional da saúde, que lida com o sofrimento diário e se entrega ao outro nessa dura missão aumentam o desconforto e o medo.

    Diferentemente do seu líder sei que a Terra é redonda e a lei do retorno parece ser a esperança.



foto: Te Cris











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