Perdeu-se o tempo...
O tempo da união, da força, da luta... Da amizade. Não estou
gostando nada desse enredo.
Frases jogadas, prontas, propositais e (re) pensadas.
Perdeu-se o tempo da inocência...
Um jogo de cartas marcadas. Lamento não ter aprendido
xadrez.
Talvez isso me tornasse mais forte.
Ninguém pode ser tão competente o tempo todo.
Ninguém pode ser tão competente o tempo todo.
Cansei de cair em armadilhas. Tenho tantos defeitos
insuportáveis.
Mas me orgulho de algumas qualidades. Sou fiel.
Fiel aos amigos, aos princípios que aprendi naquelas imbecis e importantes comunidades de jovens.
Mas me orgulho de algumas qualidades. Sou fiel.
Fiel aos amigos, aos princípios que aprendi naquelas imbecis e importantes comunidades de jovens.
Perdeu-se o tempo da
clareza...
O erro é sempre do outro.
O poder tomou conta de tantos espaços, que não há volta.
Nunca pensei muito em me policiar com as palavras. Hoje
começo a entender que transparência só é bonita na roupa sensual. Me questiono. Nunca lutei por cargos e nem
tentei mostrar competência. Acreditei que fazia meu trabalho com ética e
dignidade e pensava na promoção do outro e que isso era o correto. Fiquei!
Perdeu-se o tempo do
afeto...
Do carinho gratuito. De participar da formação de jovens e
constatar que ensinar é abrir caminhos e
como disse nosso bispo Tarcísio, em uma missa de Ação de Graças “é desvendar,
curar a cegueira”.
Perdeu-se o tempo
da suavidade...
Do toque leve e real. Da esperança em dias melhores. Em
parar de julgar, criticar e dar a decisão final. Tempo da troca de sorrisos, de amizade e de
caminhos.
Perdeu-se o tempo da
coerência...
O gostar por gostar. O de gargalhar sem se preocupar com o
riso frouxo. Ser, simplesmente ser. Sem tipo, sem arma, sem ardil, sem ironia.
Sem o jogo, em que os fios pudessem
ficar soltos e a marionete não existisse.
Perdeu-se o tempo do
espetáculo...
E vem a agonia da espera das malas na esteira... A dúvida do
amanhã. A solidão de girar a chave de casa e ninguém para compartilhar.
Um brinde à vida!
Ergo a xícara do bom e amigo café. Acendo um cigarro. Mentira... Vários.
Que fique o brilho dos companheiros leais.
Magnífico. De pronto se percebe que este blog vem para reencontrarmos o tempo das palavras amigas que nos levam - com doçura, graça e coerência - à mais pura e saborosa reflexão. Parabéns.
ResponderExcluirA gente acha!
ResponderExcluirSeu texto é uma poesia. Lembra o Poema em Linha Reta de Fernando Pessoa, tal a coerência e perplexidade com a realidade. A sensibilidade transforma-se em mãos para abrir as portas dos sentimentos... Lindo!
ResponderExcluirNossa lindo..e a pura verdade, ninguém se preocupa com outro...somente com si.
ResponderExcluirGanhou-se no tempo esse texto tão lindo!
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