Solidão: substantivo feminino

   Quantas teorias foram escritas para falar desse bichinho chamado solidão. 

    A primeira que atrai a minha atenção é  um substantivo feminino. 

 Curiosamente... Saudade, separação, tristeza, melancolia, amargura seguem a mesma classificação gramatical. E daí?

   Começo a voar. Será que faz parte do universo da mulher conviver com mais intensidade tais sentimentos?

   A dor, que persegue e invade a alma, machuca todos os espaços e não oferece trégua e nem resistência.

   O enfrentamento é uma constante. Não dá tempo para sofrer. A vida não manda recado e exige uma atitude. 

   Mas a solidão pode ser o momento do encontro pessoal. Da troca com a imagem, que absurdamente tenta se revelar.

    É um mexer nas gavetas. Sair da trincheira e enfrentar o combate interior. 

  Decidir a hora e o lugar sem interferência. Não há prazo determinado. 

   A loucura de entender que a temporada é de enfrentamento. É um querer meio afoito, que não nega o silêncio da voz que partiu.
      
    Nietzsche me arranca de meus delírios e surge a resposta: "Não venha roubar minha solidão, se não tiver algo mais valioso para oferecer em troca".
    






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