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Mostrando postagens de agosto, 2020

Caixas da história

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  Descobrir. Abrir. Redefinir. Amo caixas e os mistérios envolvidos em seu interior. Talvez essa paixão venha da infância. Lembro da sensação da chegada da cesta de Natal Amaral, era de vime e com muita coisa lá dentro. Confesso que até hoje não gosto da maioria dos produtos, mas lembro de bonequinho feiinho que as crianças queriam ter. Na escola o desejo era o estojo para guardar lápis de cor, borracha e apontador.  Me vem na recordação um de madeira com a tampa colorida. Sonho de consumo de uma criança de sete anos. O cofrinho era pesado e precisava quebrar para encontrar o patrimônio guardado e acumulado. Na adolescência, o diário, recortes e recadinhos eram armazenados em um baú. O papel de bala que veio do menino bonito da escola, também fazia parte desse tesouro. E a vida segue. As papelarias passam a vender caixas coloridas, decoradas, com brilho, com divisões, embalagens de papel cartão  que são verdadeiras obras de arte.  O fascínio continua. A vida adulta revela e esconde. Um

Cem mil... sem compaixão

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  Num dia qualquer, em uma noite vadia sons e dores mesclam a agonia . O momento é de pausa  e a incerteza consome memórias.   Corações em chama debruçam em covas anônimas a triste desesperança. E nada se aprende nessa transmissão de horrores. Abnegados se desesperam em descobrir Negacionistas teimam em resistir. E são números. Cicatrizes entalhadas na alma que pedem respeito que pedem justiça que pedem paz. * foto: Te Cris Tesser