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Um corte de papel no dedo dói Um fio de sangue difícil esquecer. Buscando a cura ...ecoa a poesia

Segredos

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  O que difere a dor contida em quartos de segredos  da esperança do encontro em tempos de afastamento?   Biografias incompletas dão um tom de fantasia emoções trancafiadas sugerem um retiro obrigatório.   O dilema de abrir as janelas para um novo dia parece  escancarar a vida e a morte.   A incerteza e o talvez brincam com a realidade.  O uso da razão  habitual torna a falta de equilíbrio um motivo para a covardia.   E segue a ironia em uma noite de clausura .

"Todas as suas dores importam"

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Desavisadamente, assistindo a um comercial de televisão uma frase chamou minha atenção: "todas as suas dores importam".  Confesso que esse recado deve ter passado por mim várias vezes, mas hoje tocou profundamente o mais escondido cantinho, com poeira e, por vezes abandonado, de minha alma.  Minhas vitórias, meus fracassos e minhas esperanças foram estimuladas de forma indelicada e mexeram  maldosamente com sonhos adormecidos.   Me dei o direito de entender  e aceitar que o aperto no coração,  o beijo negado e o abraço sem toque machucam. A solidão é presente e a negação é covardia. O isolamento é doloroso e o distanciamento veio para salvar. Mas hoje, sem questionar privilégios, me entrego ao cansaço, ao padecimento e comungo com essa agonia do nada fazer e de muito aguardar. Se minha dor é importante, deixo dilacerar. Rasgar entranhas e apresentar feridas  sem o  pudor de que podem pensar os destemidos e voluntariosos.  Talvez seja o momento de sentir empatia por mim. foto:

Não há perdão

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Não tem como esquecer o descaso,  a arrogância desmedida e a maldade arraigada nesse poder incompetente. Como desprezar números, que se misturam em vidas e passam a ser dados estatísticos e divulgados à exaustão? A total falta de empatia despreza o outro num acúmulo de desinformação, encobrindo de inverdades certas decisões. Quem vai responder por tantas mentiras blindadas de verdades que se  transformam em corpos amontoados na dor de alguém? Não há proteção, não há solidariedade e muito menos competência. A ciência grita, mas o surdo jamais vai ouvir. Infelizmente, penso que para a última frase de dor a resposta é: Pai, eles sabem o que fazem