Postagens

Mostrando postagens de outubro, 2017

Sobrevivência

Imagem
Muitos mundos Muitas memórias Muitos medos Momentos que pegam apertam machucam  e (re)aparecem Poucos lugares Poucas histórias Poucos desejos O jogo do contente, da imaginação e da conquista da vida, em páginas de revista, oferecem muita ambição e pouco entendimento. Muita solidão e pouco esclarecimento. Muito coração pouco reconhecimento. E a notícia brinca de ser  a verdade provoca o saber Muitos... poucos... tantos procuram... muitos lutam poucos conseguem sobreviver

Encontrei você

Imagem
Já vivi muito de sonhos Já conheci amigos e paixões Já tive medos e revoltas, E sempre procurei o melhor caminho. Já tive dores e cansaços E já  estive tão sozinha Que nem eu mesma fui companheira. De repente...                    conheci o amor... Chegou de um jeito tão claro Que tive medo de não existir Chegou como a flor mais perfumada E me fez num minuto A mulher mais linda                 mais amada Me fez crescer. Conheci verdades e aventuras Comecei a viver. Esqueci a procura Encontrei a paz. O meu modo Cansado e diferente de viver Foi me deixando mais livre, E pude então sorrir. Passei a ser companheira Deixei de ser espera E todo o resto foi ficando esquecido Hoje tenho vida Encontrei o sonho                 o caminho                 o objetivo                             Encontrei Você.

Gosto de canetas

Imagem
Ainda gosto de escrever com caneta.   Ela vai suave, quando no rabisco a palavra é de calmaria. Afronta na hora em que tento clarear as ideias e teima em seguir outro rumo, em busca de direção. Respeita minha letra legível, mas horrível. Será personalidade, pressa? Ou uma loucura que não permite distrair? Decifrar garranchos, fórmulas e o que há por vir. Recordo como um desperdício os cadernos de caligrafia que fiz!!!  Posso rasurar o erro com fúria, aniquilar definitivamente a dor. Não uso borracha. Prefiro, que mesmo oculto, o texto tenha a marca de um poeta amador. Ainda gosto de escrever com caneta Mesmo quando some na minha frente, é esquecida, trocada, roubada... Mas o simbólico é presente. Não descarrega, mas carrega no seu íntimo toda depressão e euforia escondidas no meu mundo. Respeita a hora e lugar. Afaga, mas não apaga. Oferece dúvida, não lamenta sozinha, entrega a vida, mas não poupa a morte. Ainda gosto de escrever com caneta. Guardiã do meu

Eu confesso

Imagem
Eu confesso a eterna mania de achar que não vai dar certo o drama presente em ato desenhado na conformidade do tempo e no dito destino decantado. Eu confesso a intolerância com a injustiça a falta de paciência e perspectiva e a grande intransigência com o poder. Eu confesso a dor latente da saudade a vontade de correr ao encontro e o medo da rejeição. Eu confesso minha fragilidade diante de coisas pequenas a grandeza no enfrentamento do perigo e o aperto no coração. Eu confesso a carência por um sorriso a esperança da mudança e o medo do inesperado. Eu confesso a insegurança na velhice a dor na certeza da finitude e o medo do abandono. Eu confesso   que amo sem medida que temo invadir mas sou uma criança  no desejo de existir. Eu confesso  que sofro e rezo por quem amo e me amparo na fé para (re) agir. Eu confesso que acredito na promoção do outro porque promover é amar e amar é se dar. Eu confesso que também gosto de carinho que preciso de

E de repente... a cigana

Imagem
   Um momento de não pensar na saudade que me amarra a longos períodos de introspecção.      Encarar o desafio do ócio, o que pode ser uma arte nesses dias tão corridos, do tudo agora e já.   Preparo o ritual da entrega com carinho. O cenário já está pronto. Da areia brotam os sorrisos que só pensam em brilhar. O mar brinca com o imaginário e a entrega é total.    Um livro e uma praia livre para sonhar.  As páginas provocam e o texto é atraente. Por alguns instantes levanto os olhos e passo a flertar  histórias que não são minhas. Escuto conversas, vejo castelos e vem uma bola e a criança chora... Coisas do ato de estar só e acompanhada.   O sol propõe o jogo  esconde-esconde, mas isso não me abala. A leitura está tão atraente que nada pode me tirar desse transe.     E de repente, em sempre há um repente, tal qual um verso improvisado surge, do nada, uma cigana que pede para ler a minha mão. Me assusto! Digo que não. Ela insiste e recebe uma nova recusa.