Desafio amigo

O ambiente hoje estava até que calmo na sala dos professores. Um colega afirmou em tom de brincadeira "é tanto aluno me procurando que eu tenho medo de abrir a geladeira e encontrar um dentro da garrafa de água. Eu já achei um  na gaveta de meias". Gargalhada geral.

O trabalho era árduo. Era colega passando faltas no sistema, o outro corrigindo provas, corrigindo TCC, corrigindo relatórios... Corrigir é o verbo. Outros elaboravam tabelas, somavam notas, fechavam diários... Ufa.

Eu estava tranquila, teria apenas que participar de uma banca de TCC. Meu estresse maior será na próxima semana.

Começo checar as notícias nos sites. Senta-se ao meu lado um amigo de décadas, Carlos Finochio. O diálogo acontece naturalmente, são lembranças de viagens, coisas corriqueiras e num repente, vem a frase: "estou acompanho o seu blog, mas eu queria saber mais o que a mulher Te Cris está pensando do mundo, sinto falta disso."

Tentei argumentar que ando meio reflexiva, mais voltada para mim. Talvez até mais egoísta.  Mas ele reforçou a ideia. "Quero ler o que você pensa sobre alguns assuntos".

Não posso dizer que fiquei sem palavras, porém a indagação me fez pensar. Cadê o meu tino crítico sobre as coisas? Me tranquei no meu mundo e deixei de falar da minha indignação com as injustiças e os desmandos?  Onde ficou o meu olhar sobre o cotidiano, desde a espera do ônibus, até a situação triste dos moradores de rua e o preconceito cada vez maior, que busca uma sociedade do ter e não do ser?

Como ficar indiferente ao poder e aos desmandos? Aonde está a solidariedade? Qual a situação real da mulher e das minorias sem vez e voz? 

Nessa reflexão, também é fundamental destacar um passeio pela praia ou a alegria de viajar. Enaltecer  os (re)encontros com os amigos, o almoço fraterno e a gargalhada sem motivo. Isso também é bom, também é muito necessário.

Eu que sempre me importei com as questões sociais, estou agora falando apenas de mim, Pode ser que a nova proposta seja  (re)inventar e (re)nascer.

Aceito o desafio. Não quero ser Carolina, "que o tempo passou na janela"... Tenho que assumir o risco. Prometo tentar.








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