Um ponto e uma laçada

E vai a agulha, 
fura o pano, 
corre a linha
Uma laçada
e lentamente
desenha o ponto.

Na calma do movimento repetitivo
o pensamento 
faz sonhar
E segue a mão, 
no mesmo ritmo 
dando contorno ao tecido


E vai a agulha, 
fura o dedo, 
um gemido
um ai...

E segue a trama
prende o fio
sutura
fica a cicatriz

Desatenção...
embaralha a teia 
nasce um nó.
Se der um puxão
arrebenta
E todo o esforço 
pode se perder.
Requer paciência
para desatar
e resolver o enigma.
Nervoso!
O trabalho pode ser comprometido.

Calma!
Vira aqui, 
passa ali,
Tal qual a marcação dos passos de dança
mudando o curso e a direção.

Vitória!
E vai a agulha, 
fura o pranto
corre a linha
Uma laçada
e lentamente

a vida costura
o destino.






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