A fé sabe da estrada

Não há distância mais longa do que as mãos separadas



Uma estrada extensa, um caminho para ser percorrido. Por vezes acompanhado, em outros momentos só, mas não em solidão. 

A situação requer cautela, mas a dor precisa ser amainada. Há que se ter serenidade ao perceber que a trilha pode conter obstáculos, ser um lugar ermo ou eterno.

Nesse itinerário temos o direito de ficar em silêncio, de pensar e não pensar, errar e acertar, mudar de direção, chorar e gargalhar, mal dizer e bem dizer. 

O sonho é meu e a idealização pode frustrar. Encarar ou desistir? As circunstâncias são impostas, já foi dado o terceiro sinal e o  espetáculo precisa começar. Sem ensaio, sem rascunho, sem preparação, sem releitura.

E nesse instante sagrado é necessário acreditar que seres especiais se apresentam e nos fazem entender que um ombro e um abraço tornam tudo sagrado.

A amizade é uma das faces mais visíveis do amor, um pedacinho do céu num sonho que faz falta. É a mão estendida e o coração pulsante. É um lenço de linho branco que seca lágrimas de dor. É um punhado de amor que adocica a vida. É uma gargalhada com cheirinho de café.

O amigo é aquele que fala e ouve com o olhar, mesmo distante, tal qual uma sintonia telepática. Amigo pode dizer "eu te amo" sem qualquer medo de má interpretação. Porque o amigo ama e "pronto", sem vírgulas ou exclamação.

E, no dia do reencontro as mãos voltam a se unir e a estrada é curta para quem acredita na eternidade.

Comentários

  1. Sensibilidade e experiência de vida1. Lindo texto.

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  2. Que delicadeza nas palavras. Pensando na importância de lembrar que o reencontro é certo, para tentar amenizar essa dor.

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  3. Muito lindo e expressivo, com um toque de poesia, parabéns 👏👏👏

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