Rasgam-se histórias

Ilustração: Bruna Passos     
Tal qual o papel que perdeu seu valor, muitas  histórias são jogadas fora. Descartadas, sem direito de escolha.

Uma vida é passada no triturador e tudo vai para a lata comum. Não há espaço para reciclagem.

O que é notoriedade?
Será que é necessário conquistar a fama a qualquer preço e daí, ter uma grande importância social? Qual a data de inscrição para o próximo reality show?

A cada segundo um novo acontecimento, um arrependimento ou apenas, um momento.


Uma passagem ao infinito que se supõe o encontro esperado. Um lugar do reconhecimento perdido, esquecido em teses de estranhas memórias.

Na crônica diária, morre um pouco a tranquilidade e a emoção é um perigo. Tempos difíceis. Se julga, se nega, se ausenta sem ao menos perceber a verdade do entendimento.

E surge o imponderável. Não há alternativa. Morrem os narradores, desaparecem os personagens. A ideia de folhear instantes vividos torna-se, muitas vezes, uma fábula mal contada.

Aqueles que rasgam histórias com facilidade cometem o pecado de não compreender o quanto  foi difícil escrevê-las.







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