Despedida

     Li um post  atribuído ao padre Fábio de Melo "Ficar em silêncio é uma forma de amar". A frase ficou ecoando em minha alma.


     O silêncio da alegria do encontro. O silêncio da despedida, que está próxima, e já dói tanto.

     Será que é a resposta que eu tanto procuro? Não dizer da saudade antecipada, de quanto é especial, da tristeza que a partida trará rasgando o peito. Que mesmo a linha mais forte poderá costurar, mas a agulha deixará marcas, que jamais serão apagadas.

    Devo simplesmente me resignar, aceitar e entender os desígnios do céu?

       A expectativa é cruel. Frases feitas não  melhoram o sentimento da perda. Não é morte, é apenas separação.  E o que é a separação senão a morte? O fim de um ciclo, de uma jornada.

      E se era para nos afastar, por que então nos unimos?  Foi um acaso? E, por qual motivo o mesmo acaso não o deixa ficar?

     Será que as boas lembranças servirão de consolo? Penso que não.  Nesse momento, tudo que foi vivido será pouco para acalmar essa dor.

       Não sou forte. Não faço discurso. Aceito e assumo a minha fragilidade.

      Não tenho o dom de ver o que o futuro me reserva. E nem quero. Mas hoje, eu preciso chorar pela dor que vou sentir. 

       Procurando entender, separo a palavra amarga e fica apenas a esperança... 

       A Deus   





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